Sistemas de cotas raciais nas universidades públicas

Nesta semana o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por unanimidade à constitucionalidade do sistema de cotas raciais para ingresso de alunos negros em universidades públicas. O que pra mim é uma palhaçada, deveria então beneficiar também índios, gays, nordestinos, filhos de pais pobres, enfim, todos aqueles que fazem parte da minoria neste país. Cadê o principio da igualdade perante a lei? Aprovar sistemas como esse num país dito como democrático e de direitos iguais para todos é tão sem sentido que nos leva a pensar que estamos mesmo é retalhando o Brasil e não favorecendo os desfavorecidos, porque se assim for, deveríamos favorecer os outros também, não acham? Está faltando mesmo é investir no Ensino Público de qualidade para que os nossos estudantes possam entrar nas  Universidades pelo mérito do conhecimento e não pelo sistema preconceituoso que os inseriu. Mas nossa educação além de capenga é precária, nossos governantes são elitistas e nossa lei que só favorece aos abastados, quer agora favorecer os negros e desconsiderar as restantes minorias. Que Justiça é essa que faz acepção no cumprimento da lei? A quem estão querendo enganar mascarando a deficiência educacional ao criar cotas? Estão sim é gerando mais preconceito e dos piores. E eu que pensava que éramos um país mestiço.

Crimes que não cabem perdão

A quem estamos confiando nossas vidas? Esse foi meu questionamento nos últimos dias quando vincularam nos meios de comunicação notícias de erros médicos grotescos cometidos por profissionais de saúde, em especial dos hospitais públicos do país. Ácido ao invés de sedativo, vaselina na veia e até leite, isso mesmo leite no lugar de soro. O que está acontecendo com aqueles que deveriam cuidar de nossa saúde? Erros como esses não podem e não devem jamais acontecer e nem se quer podem ser considerados erro humano, porque a célebre frase “errar é humano” é uma afronta à integridade da vida. Acometer erros que vão contra a saúde não é fator a ser considerado na área médica, pois se assim forem, a quem iremos recorrer? Desgraças como essas vinculadas na mídia acontecem com frequência em hospitais, clínicas, postos de pronto atendimento espalhados pelo Brasil, mas são camuflados. Quantos já não morreram por atos impróprios de médicos e enfermeiros? Alguma coisa está acontecendo e precisa ser corrigida. Será o acúmulo de funções desempenhadas por tais profissionais? Sobrecarga de trabalho? Ou seria, a falta de estrutura e profissionais na Saúde que estão gerando tanta tragédia? Sabe-se que há enfermeiros, por exemplo, que deveriam cuidar de seis pacientes e estão cuidando de vinte. Por que isso? Gente, hospitais possuem um verdadeiro arsenal que se não forem corretamente administrados podem se transformar em armas fatais. E erros primários como esses do ácido, vaselina e do leite poderiam ter sido evitados, bastava apenas uma leitura simples de um rótulo, bastava apenas um minuto de atenção, um pouco de dedicação. Pedir desculpas após o fato consumado ou abrir processo administrativo para investigar o caso de nada adianta depois de acontecidas as tragédias, isso pouco resolve. Fatalidades como essas não podem ser classificadas como erro, porque atos que vão contra a vida são crimes, crimes que não cabem perdão.

TITANIC - 100 anos após o trágico acidente

 

O Titanic nos fez mergulhar em sua história no auge do século 20, mas especialmente em 1997 com o sucesso cinematográfico de  James Cameron estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. O filme rendeu 11 estatuetas do Oscar Academy Awards e é considerada a segunda maior bilheteria do cinema mundial. Construído pelo estaleiro Harland E Wolff da Irlanda do Norte, pesava 47 mil toneladas, 269,1 metros de comprimento e 28 de largura. Foi inaugurado em 10 de abril de 1992. O luxuoso e impetuoso transatlântico dispunha de toda a tecnologia de ponta da época e levava a bordo 2.223 pessoas. Ousaram até a dizer “este nem Deus afunda” devida a grande segurança que disseminava. Mas o imponente navio sucumbiu ao chocar-se com um iceberg às 23h40min do dia 14 de abril de 1912, afundando 2 horas e 40 minutos após o acidente e marcando para sempre a história da humanidade. Dos passageiros e tripulantes a bordo sobreviveram apenas 706 pessoas. Somente um barco respondeu ao chamado de socorro e este chegou bem tarde ao local do incidente. Sem sombra de dúvidas que se houvessem mais de 20 barcos salva-vidas, o número de sobrevivente seria maior.  Hoje, 15 de abril de 2012 a tragédia completa 100 anos e ainda assim é revisitada por muitos. De fato as tragédias de grandes proporções nos marcam em especial pela maneira como ocorrem e elas servem lição para todos nós. Servem para que deixemos de lado nossa arrogância e nossa convicção que somos todos sábios e invencíveis e que não muito acima de nós existem forças desconhecidas e intocáveis. Não podemos querer ser criadores se somos criaturas ou sucumbiremos também aos icebergs da vida. Não somos nada diante da imensidão que nos redeia e as palavras de Sócrates “só sei que nada sei” deveria  estar mais presentes em nossa mente servindo para colocar nossos pés bem firmes ao chão.  Devemos extrair do verdadeiro amor à vida as lições para nossa evolução espiritual, e sermos criadores sim daquilo que nos foi permitido enquanto criaturas, porque independente o quão sábios sejamos não chegaremos jamais a perfeição do Criador.

Anencefalia - a liberdade de escolha deve ser assegurada

Os ministros do Supremo Tribunal Federal aprovaram, nesta quinta-feira (12), por oito votos a dois, a interrupção da gravidez de fetos com anencefalia, uma grave má-formação fetal que resulta da falha de fechamento do tubo neural, estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal. Para uns essa foi uma vitória, para outros uma tragédia, que o digam a maioria das religiões que independente dos bebês sobreviverem apenas algumas horas extrauterinamente, ali está uma vida. Mas eu me pergunto: e para as mães que carregam o feto por nove meses sabendo que não o terá de fato após o parto, quais são as consequências na vida dessa mulher, na vida dos que a cercam? É doloroso, doloroso demais dar a luz para que se faça a morte. E se a lei já prevê hoje a interrupção da gravidez em caso de risco de morte da mãe ou em caso de estupro, porque não  dar o mesmo respaldo no caso da anencefalia. Ora, nos estupros uma vida também é concebida e potencialmente cheia de vida. Mesmo contra vontade materna, ali foi gerado outro ser que não tem nenhuma culpa de como o fato ocorreu. O porquê que nestes casos o aborto não é crime ou pecado? Já os anencéfalos não possuem chance alguma além de poucas horas de sobrevivência após o parto, pois o cérebro – órgão vital para a sobrevivência – não se desenvolve por completo e nem mesmo a parte superior do crânio. Os raríssimos casos de sobrevivência são vegetativos e dessa forma totalmente dependentes. Além disso, nosso país não dá suporte necessário para os pais que optarem por criar o bebê caso viva e os transtornos psicológicos e a triste dor de conviver com o fato é cruel. Eu vejo essa aprovação pelo lado positivo, mesmo porque a lei prevê que a mãe que desejar, e somente se ela desejar, pode manter a gravidez até o final.  E pra finalizar, biologicamente falando, não há doença no caso dos anencéfalos, pois não há vida a ser discutida. O que há, é um martírio de uma gestação sem viabilidade, praticamente sem autonomia ou perspectiva de sobrevivência pós-útero e é por esse motivo que a liberdade de escolha da gestante deve ser assegurada.

Quinta-feira santa?

Você lembra do caso da proibição dos crucifixos nos prédios públicos do RS que eu comentei aqui no blog? Pois bem, o mesmo desembargador que presidiu o Conselho da Magistratura na sessão que os proibiu resolveu ampliar o feriado da Semana Santa antecipando-o e dando a Justiça do Estado folga já na tarde de quinta-feira (05/04) intitulada como santa. Cadê a laicidade que proibiu os símbolos religiosos? Deveria, pois, estar trabalhando para acabar com o feriado cristão, não acha? Mas, me parece que o cristianismo é bem-vindo quando é para tirar uma folginha, ou seria quem sabe, porque o mundo carece de orações e por isto esse meio período extra. Quanta hipocrisia.

Monstruosidade

Perderam-se os valores e o fato do homem ser considerado ser humano só se dá porque é comum assim considerá-lo. São mentes sombrias e absurdas com as quais convivemos na sociedade e que estão tão bem mascaradas, que já não sabemos mais o que é confiança, compaixão, humanidade mesmo. Digo isso porque no ultimo dia 29, um caso noticiado nos veículos de comunicação me chocou e choca qualquer pessoa decente e de boa índole. Uma babá ao perceber um sangramento no bumbum de uma criança de nove meses, isso mesmo nove meses, informou à mãe que algo estava errado e então encaminhou o bebê ao hospital onde exames constataram abuso sexual. A criança permaneceu internada e o pai prestou depoimento na delegacia por ser um dos suspeitos. O ocorrido se passou nos arredores de Brasília. Até onde o ser dito humano pode chegar com monstruosidades como essa? A Infância é um período sagrado, intocável, cuja nobreza se reflete na inocência de um pequeno ser que não pode e não deve ser corrompido. Violar a intimidade sutil de uma criança é uma aberração, uma desgraça sem medidas e de trágicas consequências. Infames que comentem abusos como esses merecem muito mais que apodrecerem na cadeia. Deveriam sentir na pele o sofrimento que causam aos inocentes, deveriam brutalmente padecer na crueldade e serem submetidos às mesmas ou até piores violências como essa para só então serem premiados com morte. Desculpem-me as fortes palavras, mas é inconcebível pra eu pensar que há perdão para monstros, infelizes, indignos, imundos como esses. No mundo em que os prazeres estão ao alcance de todos, num mundo em que homens e mulheres se vendem, se dão tão facilmente. Por quê? Eu me pergunto, porque violar o que há de mais sagrado e puro nos pequenos? Não adianta só fazer justiça depois do ato consumado, precisamos ficar de olhos bem abertos aos que nos cercam, seja lá quem for, e fazer uma devassa nessas abominações da humanidade que trazem consigo uma doença chamada monstruosidade.