Em 2009 o mundo viveu
um período de pânico causado pela influenza
A, H1N1. Foram milhares de infecções e muitos óbitos causados pela doença.
A vacina então foi desenvolvida, o que tranquilizou a população mundial. Em
2010 e 2011 houve casos mais nada que pudesse gerar alarme entre as pessoas,
porém, esse ano (2012) a situação parece não ser a mesma. As notícias de
infecções do vírus e as mortes causadas por ele vinculadas a mídia tem gerado
um certo pânico na população. A vacina foi gratuitamente distribuída para o
chamado grupo de risco e profissionais da Saúde. Os demais, caso queiram ficar imunes,
precisam desembolsar R$ 50,00 em uma clínica particular para aplicar a dose.
Policiais e profissionais do magistério pediram aos governantes a gratuidade da
vacina, mas foi negado com o argumento de não haver motivo suficiente para tal
imunização. Aliás, estes profissionais não lidam com um número significativo de
pessoas, como os profissionais da Saúde, por exemplo, para poderem receber a
vacina. Cômico se não fosse trágico, eu falo com propriedade do assunto e
afirmo que os profissionais do magistério lotados nas escolas, em especial,
lidam com um fluxo de pessoas muito maior do que qualquer outro profissional,
pois muitos trabalham em mais de duas escolas e com salas de aula na casa dos
40 alunos, que podemos triplicá-los se associarmos este número ao de pessoas
que convivem com estes em suas residências ou seu entorno. Chega a ser ridículo
fazer acepção de pessoas quando se trata de saúde, um direito assegurado em
nossa Constituição, no que tange a imunizar ou não. Todos, e digo toda a
população mesmo, tem o direito humanitário de receber a vacina. Há pessoas
morrendo, há pessoas infectadas e há casos que estão sendo omitidos para evitar
transtornos devido a H1N1 e o número parece aumentar. Estão esperando o que
para fazer alguma coisa, morrer mais gente? Estádios, prédios e etc. e tal
estão sendo construídos para o Mundial e para as Olimpíadas aqui sediados, muito
dinheiro está sendo investido para mostrar ao mundo que somos ótimos. Mas e o
povo, vai receber a vacina quando? Temos dinheiro eu penso, queríamos até
oferecê-lo para a crise nos países europeus. Estamos fazendo obras orçadas em
valores imensuráveis. Chega a ser vergonhoso um cidadão honesto e humilde,
enfrentar duas horas ou mais em filas de clínicas particulares para imunizar
sua família pagando até R$ 250,00. É o preço da feira de muita gente. Mas ou é
pagar ou é morrer. As próprias clínicas estão incitando as pessoas a fazerem a vacina, isso gera
nelas medo e o medo deparado a casos confirmados e até mortes vinculadas nos
meios de comunicação faz qualquer pessoa pagar pelo serviço. Agora mais
ridículo é saber que os presidiários foram imunizados, mesmo lá presos. A
bandidagem tem direito o cidadão de bem não. E não me venham falar de Direitos
Humanos, porque se este é um direito de todos, estão nos subtraindo dele. Onde
está o poder público para nos amparar nessa hora? Onde estão aqueles que em
suas campanhas enfatizam a boa Educação e a excelência nos serviços de Saúde
Pública? A quem confiar nossas vidas e a quem recorrer em meio ao caos? É hora
de agir, porque com saúde não se brinca.
Por dentro do assunto:
A gripe H1N1, ou influenza A, é
provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A. Ele é resultado da combinação
de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do
vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente.
O período de incubação varia de 3
a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá
pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para
pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das
vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão
agressivo quanto se imaginava.
Segundo a OMS e o CDC (Center for
Deseases Control), um centro de controle de enfermidades, nos Estados Unidos,
não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de
porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada
(71º Celsius).
Sintomas
Os sintomas da gripe H1N1 são
semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes. No entanto, requer cuidados
especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início
repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação
nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem
ocorrer vômitos e diarreia.
Diagnóstico
Existem testes laboratoriais
rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe. No caso
do H1N1, como se trata de uma cepa nova, o resultado demora aproximadamente 15
dias. No entanto, nos Estados Unidos, já foram desenvolvidos “kits” para
diagnóstico, que aceleram o processo de identificação do H1N1.
Vacina
A vacina contra a influenza tipo
A é feita com o vírus (H1N1) da doença inativo e fracionado. Os efeitos
colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios quepode trazer
na prevenção de uma doença sujeita a complicações graves em muitos casos.
Existe ainda uma vacina com ação
trivalente, pois imuniza contra o H1N1e o H3N2 da influenza A e contra o da
influenza B.
É bom lembrar que a vacina contra
gripe sazonal que está sendo distribuída atualmente no Brasil foi preparada a
partir de uma seleção de subtipos de vírus que representavam ameaça antes de
aparecer o H1N1, uma variante nova de vírus influenza tipo A.
Tratamento
É de extrema importância evitar a
automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o
aparecimento de cepas resistentes à medicação Os princípios ativos fosfato de
oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e
já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o
vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que se seguem
ao aparecimento dos sintomas.
Recomendações
Para proteger-se contra a
infecção ou evitar a transmissão do vírus, o Center Deseases Control (CDC)
recomenda:
* Lavar frequentemente as mãos
com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;
* Jogar fora os lenços
descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
* Evitar aglomerações e o contato
com pessoas doentes;
* Não levar as mãos aos olhos,
boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;
* Não compartilhar copos,
talheres ou objetos de uso pessoal;
* Suspender, na medida do
possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;
* Procurar assistência médica se
surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da
influenza tipo A.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/gripe-h1n1/