Trair

Traição. Esta aí um assunto do qual nem imaginava que poderia abordar aqui no blog, mas tendo em vista o fato envolvendo a atriz Kristen Stewart (da Saga Crepúsculo e também do filme A Branca de Neve e o Caçador) e o diretor Rupert Sanders (casado com a atriz Liberty Ross), não poderia deixar de tocar nesse assunto. Polêmico para uns, comum para outros. A traição remonta a mais primitiva história da humanidade e teve seu auge na Idade Média quando urgias e bacanais eram, digamos, comuns. Mas parece que os tempos modernos aderiram a essa moda. É um casa e descasa, é uma “ficada” aqui, outra acolá e assim caminha a humanidade. Todo mundo “pega” todo mundo que o digam as baladas da vida cujas bocas experimentam os mais variados hálitos sem citar outras cositas más. O mundo parece estar do avesso e as traições banais. Os traídos sentindo-se humilhados e expostos, que o diga Robert Pattinson (da Saga Crepúsculo) par lá da atriz, a que o traiu. Já os traidores dizem estarem-se arrependidos, pedem desculpas publicamente, quando são famosos então é um dramalhão só. E Hollywood tem um bom histórico no quesito traição. Manter as aparências hoje em dia, é aparecer a todo custo. Discrição? Bobagem, eu quero é mais. São regras simples como essas que estão tornando o lugar onde vivemos num caos. E o povo parece gostar de ver o circo pegar fogo e contribuir com a lenha se torna engrandecedor. Aonde vamos parar com tanta loucura? Cadê aquele sentimento puro, digno e sincero chamado amor? A sociedade está virando uma zona, com direito a todos os tipos de shows. Então vamos lá! Prepare sua fantasia, pegue uma bebida e divirta-se. Amor com traição, ao menos hoje, faz todo sentido. Ou você é daqueles cuja fidelidade é primordial numa relação? Não sejamos tão hipócritas não é mesmo? Eu ainda prefiro a lealdade porque fidelidade, só em tempos de outrora.

A adolescência do bisturi

Uma matéria exiba pelo SBT Brasil me chamou atenção na ultima segunda-feira(16) ao falar sobre cirurgia plástica na adolescência. Com a chegada das férias de julho os jovens utilizam o período para fazer cirurgia plástica, um dos motivos é voltar às aulas e mostrar as novidades do bisturi aos colegas. Um procedimento, porém, que não é aconselhável, segundo os médicos. Loucura ou vaidade? Eu fico com a primeira hipótese, já que sou contra a tais intervenções estéticas antes dos 18 anos, salvo sob-recomendação médica ou por motivo de força maior que exige tais correções por meio de cirurgia plástica. A adolescência é um período de autoconhecimento, de descobertas tanto do corpo como do espírito. As transformações no corpo e nas atitudes são visíveis e fazem parte da construção da personalidade, da realidade que serão no futuro. Modelar o corpo sem este esteja complemente formado é mutilar-se a favor do que dita a moda e os modismos sociais. Seios grandes, abdômen sarado, coxas bem torneadas, nariz empinado, lábios salientes são culturas fúteis de quem se sente menor por não aceitar suas diferenças. Escravos da beleza, débeis da inteligência. Está surgindo uma geração egocêntrica e mesquinha, dotada de poucos valores e pobres de espírito. Ah! Mas tem os que defendem com unhas e dentes as intervenções cirúrgicas por que pensam que estas ajudarão na autoestima e na autoconfiança dos adolescentes fazendo-os aceitarem-se melhor. Balela, papo furado, não se concerta a mente mexendo no corpo. Pois o corpo precisa estar inserido no meio pra poder viver e não adianta remodela-lo se este mesmo corpo não faz nada para transformar a sociedade num lugar melhor. Gerações anteriores não tinham a cirurgia plástica para intervir no que não estavam de acordo no corpo, e elas viveram e ainda vivem, aceitaram as diferenças e tornaram-se perfeitos a sua maneira, foram pessoas que marcaram a história sem depender do bisturi ou dos photoshops da vida. Agora se você é daqueles que acha que estética é tudo, devo lhe informar que o futuro científico-cultural-histórico desse país não cabe a você.

Honestidade

Eu raramente assisto televisão, quando a vejo é por mero acaso. Acaso esse que me levou a assistir uma matéria sobre o casal, Rejaniel e Sandra, moradores de rua - catadores de papelão, que devolveram R$ 20 mil roubados para a polícia. O dinheiro era de um restaurante. Por conta da honestidade, hoje rara entre as pessoas, a vida do casal mudou completamente. O nobre ato tocou os donos do restaurante que ofereceram emprego e moradia a eles além de duas viagens para que visitem a família. Eu sinceramente me emocionei com essa história. Ela demonstra que ser pobre não é sinônimo de ser desonesto como muitos pensam. A pobreza não cria bandidos, não faz corruptos, tampouco torna alguém impudico. A grandeza da decência e da integridade seja ela de pobres ou de ricos está na alma e não no bolso. Se o meio corrompe as pessoas, é por que essas se deixam levar pelo seu estado de espírito, pela sua sensatez ou insensatez. Afinal, os valores nascem conosco, são partes da alma e somos nós que os omitimos ou os subtraímos de nós mesmos. Tornamos-nos infames pelo livre arbítrio que temos e não pela nossa condição social. A história desse casal prova isso. Eles não tinham nada, aliás, tinham no bolso uma moeda de um real e não se corromperam ao ver tanto dinheiro, fizeram o correto porque são corretos. Então essa ideia de que pobreza faz desonestos miseráveis é injuriosa e errônea.  Eu diria sim que a penúria indigente de espírito é que vira o mundo de pernas por ar, criando bandidos, criminosos, malandros e podres de valores.

E por falar em honestidade...

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, suspendeu a liminar da Justiça Federal, que tinha proibido a divulgação dos salários de funcionários públicos federais na internet. O sigilo dos contracheques fere a nova lei de acesso à informação, que entrou em vigor em maio deste ano. Então queriam esconder os seus salários? Por quê? Sendo o povo quem paga o funcionalismo público, porque suprimir do povo o que é do povo por direito? Já que sai do nosso bolso o dinheiro que alimenta os cofres públicos, cabe a nós sabermos como está sendo aplicada a verba. Agora o sigilo no que tange a revelar o salário de tais servidores só nos faz pensar que estão escondendo algo muito escabroso, indecoroso ou quem sabe até SUJO.

Proteger a bandidagem é nossa maior lei

O colégio estadual Machado de Assis, em Águas Lindas-GO, tem sofrido com atos de vandalismo. Uma gangue formada por 10 ex-alunos, que têm entre 14 e 17 anos, vem fazendo ataques à escola todos os dias nos últimos sete meses. A escola só tem vigia à noite. A direção já pediu reforço no policiamento, mas a única viatura disponibilizada para a área faz rondas em 17 escolas estaduais e em outros 46 colégios municipais da cidade. Isso mesmo, entre 14 e 17 anos, menores obviamente, isentos de qualquer responsabilidade segundo a Lei. E essa mesma Lei brasileiríssima pelo visto vai continuar a proteger marginais, bandidos, delinquentes e criminosos horrendos até os seus 18 anos. Digo isso porque no projeto de reforma do Código Penal entregue na semana passada ao Senado nem ao menos foi citada a redução da maioridade. E mais, o tal projeto diz até que se o menor estiver acompanhado de um adulto enquanto pratica um crime, não caberá a ele a autoria do mesmo. Estamos cada vez mais concedendo ao crime o aval para criar seus criminosos. Somos praticamente jogados na mira de mentes sombrias, sem valores e dispostas a qualquer coisa porque não serão responsabilizados. Podemos ser ofendidos, humilhados, ter nossos bens depredados, sermos maltratados, espancados e até mortos porque o simples fato de um bandido ser menor de idade suas atitudes se tornam inócuas diante da Lei. Para apertar verde e confirmar o adolescente, por exemplo, de 16 e 17 anos, é adulto suficiente para contribuir com a política do nosso país. Agora pra pagar por crimes executados por eles não. Muitas vezes um menor de idade possui estratégias e capacidades bem mais instruídas do que um adulto que pratica algo ilícito e usa inclusive sua idade para defender-se de qualquer julgamento. Nossos políticos parecem apoiar toda essa pouca vergonha já que nem deram importância ao apelo dos internautas que praticamente imploraram para que fosse discutida a redução da maior idade na reforma do Código. Ao contrário do que ocorreu na Hungria, cuja menor idade foi reduzida para 12 anos. Mais lá parece que o parlamento está do lado do cidadão de bem e em prol de uma Justiça honesta e integra. Já por aqui, me parece que proteger a bandidagem é nossa maior lei.