Nos últimos meses vimos
pelas ruas e através das emissoras de rádio e televisão manifestações prol e contra o impeachment da presidente da República correndo junto ao desenrolar de
uma crise econômica paralela a uma indecorosa crise política. Quem perde nessa
briga de gato e rato? Nós, o povo, os ratos. Tragédias ambientais caindo no esquecimento e sendo literalmente cobertas pela “lama” dos atos escandalosos do Executivo versus
Legislativo numa “picuinha” que mais parece briga de criança pelo doce. No caso
deles, o doce é status, poder, são bi, trilhões. À classe trabalhadora, ao povão,
água e pão. Declarações nesse nível foram dadas até por quem já nos governou.
Digladiando-se seguem presidente da República e da Câmara dos Deputados; ELES sofrendo
da “amnésia” das contas em paraísos fiscais, "pedalando" nas prestações de conta,
falando até em golpe, enfim, escapando por onde for possível. Enquanto isso, seguimos
pagando as contas exorbitantes do país, impostos sobre impostos, e a bola de
neve só tende a crescer. Há que diga que cassar a atual chapa vencedora das
últimas eleições e convocar novas seria a solução, mas será? Obviamente que os
atuais gestores têm sua parcela de culpa sobre a situação caótica na qual nos
encontramos, mas nosso problema não é só a má gestão, mas também a corrupção.
Ela – a corrupção – já está demasiadamente incrustada no meio político e cá
entre nós, incrustada também na sociedade como um todo. Precisamos urgente de
reformas, a começar pela política. Desenraizar a banda podre agarrada às “tetas”
dos três poderes; abrir a mente dos eleitores, instruindo-os – aí entra também
uma reforma nos modelos de Ensino já ultrapassados e a cada dia mais maçantes e
desmotivadores. É preciso conscientizar o cidadão tornando-o visionário e não
um mero expectador mecanizado pelo que ditam governos e televisão ou um
ignorante que se deleita em levianas compras a estudar ou pior ainda, que troca
latões de tinta e sacos de feijão pela única e legítima arma que possui – o voto.
Enxerga Brasil! Chega de sermos “ratos” lançados na lama, sejamos “leões”
astutos e prontos a atacarmos com inteligência os “gatos” que queiram nos cegar.