A passos de formiga e sem vontade
caminha a Educação nesse país. Aqui, não se dar valor ao ensino que de longe é
o que torna o progresso possível em qualquer sociedade. Para os gestores
políticos interessa-lhes as estatísticas; aos pais, depositar seus filhos na escola e aos estudantes, passar de ano ainda que – em termos didáticos –
estejam reprovados. Não é pra menos, por qual motivo se investiria em Educação
sendo ela a base para a formação de cidadãos críticos e pensantes? É mais
fácil, sem sombra de dúvida e no que tange a política e aos poderosos,
conquistar por meios de manobras, ignorantes, e quanto menos instruídos melhor.
Aqui não se valoriza o mestre – o professor. A eles não se dá nem o incentivo
financeiro, nem o de formação e em tempos modernos nem mesmo o respeito.
Escolas caindo aos pedaços, salas de aulas sucateadas e superlotadas e uma
gritante falta de respeito com quem dignamente quer passar conhecimento. Como
então progredir com tamanho descaso? Como governantes querem um país desenvolvido
sem valorizar o ensino e quem ensina? Como ainda tem político que usa do
discurso “minha prioridade será Educação”, como se não fosse obrigação dele
trabalhar por isso? E o mais absurdo, pra não dizer piada, é nosso hipócrita
slogan “Brasil pátria educadora”. Haja vista as inúmeras paralisações e greves
em que profissionais da Educação têm aderido em busca de valorização e respeito
nos últimos meses. Como querer prosperar se falta dignidade para os que ensinam
e para os que aprendem? Por fim, que futuro terá uma nação que no presente atou
as mãos para o conhecimento e se fez cega e surda quando deveria ensinar?
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